Carlos Bica
Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projeção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do jazz europeu. Entre os vários projetos musicais que lidera e para além das suas colaborações com teatro, dança e cinema, o trio AZUL, com o guitarrista Frank Möbus e o baterista Jim Black, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor. Paralelamente à contínua atividade do trio Azul, outros mais projectos têm nascido que ficaram registados discograficamente, tais como: Diz,
Single, Matéria-Prima, I Am The Escaped One e o mais recente Playing with Beethoven que recebeu enormes elogios da crítica internacional, tendo sido nomeado pelo Preis der Deutschen Schallplattenkritik para um dos melhores álbuns de 2023.
Quando se fala da música de Carlos Bica a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas. O que corresponde, como seria natural, à própria trajetória do músico compositor. Aprendeu a tocar contrabaixo na Academia dos Amadores de Música e na Escola Superior de Música de Würzburg, na Alemanha. Foi membro da Orquestra de Câmara de Lisboa, assim como de diversas orquestras de câmaras alemãs, tais como, a Bach Kammerorchester e a Wernecker Kammerorchester.
Fez muita música improvisada, durante anos tocou com a cantora Maria João, trabalhou e gravou na área da música popular portuguesa com Carlos do Carmo, José Mário Branco, Camané, Janita Salomé, Pedro Caldeira Cabral, Cristina Branco e colaborou com músicos como Ray Anderson, Kenny Wheeler, Aki Takase, Kurt Rosenwinkel, John Zorn, Lee Konitz, Mário Laginha, Matthias Schubert, Claudio Puntin, João Paulo Esteves da Silva, Gebhard Ullmann, David Friedman, Alexander von Schlippenbach, John Ruocco, Daniel Erdmann, DJ Illvibe, entre outros.