Júlia Reis

 

Nasci e cresci em Lisboa. Cedo peguei no violoncelo clássico por três anos, e aos 17 peguei no instrumento que viria a tornar-se o meu instrumento principal. Durante cerca de 10 anos toquei bateria, no projeto com a minha irmã Maria, de nome Pega Monstro, e noutros projetos paralelos. Como Pega Monstro gravámos e lançámos 3 discos LP, um disco EP, e uma colaboração com B Fachada, entre 2011 e 2017. Eu na bateria, a Maria na guitarra e as duas na voz. Com outros projetos, na bateria e/ou na voz, participei em 3 discos de Éme, 3 discos de Luís Severo, 1 disco d’Os Passos em Volta.
Ao longo do meu percurso musical, descobri também as minhas canções a solo. Em 2013, à guitarra, gravei as primeiras com o Luís Severo na produção, sob o signo de Jewels, tendo lançado um disco EP chamado “Só no Fim”. Em 2015 editei outras canções a solo, desta vez no teclado e na percussão, numa colaboração com a minha irmã Maria, e as suas músicas a solo, e o Éme, num disco a que chamámos de “Ou Sim ou Sopas”. Em 2016 participei num projeto de música improvisada, free, de bateria e percussão, intitulado Rahu, com os músicos David Maranha, Alex Zhang-Hungtai, Gabriel Ferrandini e Pedro Sousa, cuja gravação de vídeo e som resultou num documentário realizado pelo Ico Costa nas Produções Terratreme, chamado “Barulho, eclipse”, e num álbum editado posteriormente pela Futuro Familiar, uma editora fundada por Pedro Alves Sousa, sob o título “Rahu”.
Em 2018 mudei-me para fora de Lisboa, para uma aldeia na Beira Alta, e as circunstâncias da minha vida mudaram. Foram surgindo outros tipos de trabalho, necessários também, casei-me e em 2020 tive a minha primeira filha. Agora senti a necessidade de cantar e gravar este trabalho. A maternidade e a ruralidade são os fios condutores deste disco, assim como da minha vida, neste momento.

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