Luís Tinoco
Luís Tinoco, nascido em 1969, alcançou fama como compositor graças a obras como as óperas “Evil Machines” (2008) e “Paint Me” (2010), e as cantatas “Wanderings do Sonhador Solitário” (2011).
Tinoco estudou na Escola Superior de Música de Lisboa, prosseguindo a sua formação musical na Royal Academy of Music, em Londres, e na Universidade de York, onde concluiu o seu doutoramento em composição e cuja editora publica a sua música.
Começou a trabalhar como compositor freelancer a partir de 2000 e também criou e produziu novos programas de rádio de música para a Antena 2/RTP, para a qual assumiu igualmente a direção artística do Prémio Jovens Músicos.
Luís Tinoco exerce também atividade docente na sua alma mater, a Escola Superior de Música de Lisboa.
O seu catálogo de obras inclui trabalhos para voz e para palco como “Search Songs” (2007) – para soprano e orquestra, com textos de Alexander Search; “From the Depth of Distância” (2008) – para soprano e orquestra, com textos de Walt Whitman e Álvaro de Campos; “Evil Machines” (2008), um projeto de teatro musical com libreto libreto e encenação de Terry Jones, dos Monty Python; “Paint Me” (2010), ópera de câmara ópera de câmara com libreto de Stephen Plaice e encenação de Rui Horta; “Wanderings de um Sonhador Solitário” (2011), uma cantata com texto de Almeida Faria; e “Lídia” (2014), um bailado com coreografia de Paulo Ribeiro.
No rol estão presentes também várias obras orquestrais como “Cercle Intérieur” (2012), estreada pela Filarmónica da Radio France na Cité de La Musique; “Concerto para Trompa” (2013), dedicado a Abel Pereira e estreado no 45º Simpósio Internacional de Trompa (Memphis, EUA); “Frisland” (2014) – estreado pela Orquestra Sinfónica de Seattle no Benaroya Hall; “Incipit” (2015) estreada pela Orquestra Sinfónica Brasileira Orquestra Sinfónica Brasileira em junho de 2015 (Rio de Janeiro); “The Blue Voice of the Water”, obra obra encomendada pela Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Sinfónica de São Paulo (2015), “Concerto para Violoncelo”, estreado por Filipe Quaresma e Sinfónica Portuguesa; e “Entre Silêncios – Concerto para Clarinete”, estreado por Horácio Ferreira e a Orquestra Gulbenkian.
De 2016 a 2018 Luís Tinoco foi compositor residente no Teatro de São Carlos – Ópera Nacional Portuguesa e, em 2017, na Casa da Música (Porto).
A sua música está disponível em CDs comerciais gravados com a Orquestra Gulbenkian e com o Ensemble Lontano. Em 2018 a editora Odradek lançou um novo CD com gravações em estreia mundial de música orquestral de Tinoco, com interpretações da Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica da Casa da Música, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Sinfónica de Seattle e o violoncelista Filipe Quaresma como solista.
Mais recentemente, também pela Odradek, Tinoco lançou “Archipelago” – um álbum inteiramente dedicado às suas obras para percussão, interpretado pelo Drumming GP. Em 2022, a nova editora Next lançou “Alepo e outros silêncios” (Next 2022), exclusivamente dedicado à música de câmara de Tinoco escrita entre 1998 e 2021.
Tinoco faz parte, desde 2016, da Royal Academy of Music e em 2019 foi-lhe atribuído o Prémio para Compositores DSCH – Shostakovich Ensemble. Esse prémio incluíu a encomenda de uma peça para o ensemble e Luís optou por escrever uma obra para clarinete, violino e piano intitulada “Aleppo”.