Jibóia

 

No início da década passada, quando Óscar Silva escolheu Jiboia para nome artístico, já estava a pensar nas variações que a sua música iria assumir em cada disco. Jiboia ou jiboia-constritora é a designação portuguesa comum para a serpente “Boa constrictor”, um animal dócil ainda que tenha fama de perigoso e que muda de pele sempre que necessita de crescer.
Desse modo, desde os seus primeiros discos que Óscar habituou o público aos seus instintos, à sua capacidade de alterar o seu som e de procurar diferentes colaboradores.
Depois de colaborar com nomes como Makoto Yagyu, Sequin, Xinobi, Ricardo Martins e Jonathan Saldanha nos seus discos anteriores, em 0000 (o seu quarto disco) aprofundou a interligação da sua música com outros músicos/colaboradores anteriores.
Acompanhado por Ricardo Martins (Lobster, Pop Dell’Arte, BRUXAS/COBRAS, entre outros projetos) e Mestre André (aka O Morto, Alacrau e Notwan), Óscar pretendeu criar um disco que soasse a Jiboia com a colaboração direta dos músicos que aceitaram o convite.
E o que é que significa soar a Jiboia? Um diálogo fluente e rico entre sons do mundo exterior misturados com uma abordagem free jazz ao rock, vivendo no limbo entre o que é ficção e realidade. Ou seja, é uma música que anda à procura da alma sem barreiras de espaço ou tempo.

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