Yaw Tembe nasceu em 1989 na Suazilândia e vive em Lisboa há vários anos, onde se afirma como músico (trompetista, multi-instrumentista e improvisador) e escultor.
Licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas Artes do Porto (2010) e em Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, desenvolve uma obra marcada pelo diálogo entre efemeridade e fragilidade, cruzando escultura, vídeo, dança, performance e música.
Como músico, tem explorado os limites do trompete, utilizando mutings caseiros, “prepared trumpet” e eletrónica para investigar ressonância, timbre e textura sonora, influenciado por Jon Hassell, Axel Dorner ou Toshinori Kondo.
Participou em projetos como GUME, Zarabatana, Sirius e Chão Maior – este último com seis músicos, lançou em 2021 o álbum Drawing Circles, uma experiência sobre loops, deriva e elasticidade temporal, gravado num convento e pensado como extensão das artes plásticas.
A sua discografia inclui álbuns editados em editoras nacionais e internacionais (Clean Feed, Creative Sources, Shhpuma, three: four records, A Giant Fern) e colaborações com artistas como Norberto Lobo, Evan Parker, Joshua Abrams, Orphy Robinson, Hieroglyphic Being, Marlene Freitas e Joana Guerra, apresentando trabalho em festivais e espaços como Serralves, Sines, OutFest, Culturgest, Montpellier Danse, Kyoto Experiment e Bienal de Veneza.
Em 2020 tornou se programador de música e artes sonoras no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, ampliando o seu papel no tecido cultural da cidade e é co-director da editora Facada Records. A sua prática artística intermedia entre o visual e o sonoro, sempre com um pé no tratamento do som como matéria plástica e outro na performance como escultura temporária.