Embora tenha uma formação clássica em harpa, Eduardo Raon nunca se satisfez em manter ambos os pés no mesmo terreno reconhecível. Música contemporânea, experimental, étnica, noise, pop, retro, rock e eletrónica fazem parte da bagagem caleidoscópica que Raon traz para o palco. Seja a improvisar, compor ou interpretar, e com uma atitude mista que oscila entre o visceral e o delicado/minucioso, a sua harpa é espremida, esticada, derretida, iluminada, consumida, florescida e acariciada.
Tem realizado digressões e gravado frequentemente com I-Wolf, POWERTRIO, Maria João & Mário Laginha, Bypass, Ela Não É Francesa Ele Não É Espanhol, Hipnótica, O Espectáculo d’Ontem, assim como a solo. Para além de Portugal, já atuou na Alemanha, Áustria, França, Eslovénia, Sérvia, Espanha, Rússia, Holanda, Bélgica e Macau (China).
Como intérprete, estreou obras a solo e de música de câmara de Eurico Carrapatoso, Clotilde Rosa, Ivan Moody, João Lucas, Joana Sá, Daniel Schvetz, Eli Camargo, Sebastian Duh e Fernando Lobo.
Raon compõe regularmente para projetos de Cinema, Animação, Teatro, Dança e Artes Plásticas.
Em 2009, recebeu uma bolsa do Estado português para um estágio internacional em Música Improvisada/Neue Musik, trabalhando com o Professor Paulo Álvares na Hochschule für Musik Köln (Alemanha).
Mais recentemente, compôs e interpretou ao vivo bandas sonoras na Slovene Kinoteka para os seguintes filmes:
“L’Impossible”, na retrospetiva de Sylvain George;
Uma coleção de filmes de animação de Émile Cohl;
“49 Flies”, de Piérre Hébert;
“Text of Light”, de Stan Brakhage;
“Die Puppe”, de Ernst Lubitsch;
“Metropolis”, de Fritz Lang;
“Enthusiasm – Symphony of the Donbass”, de Dziga Vertov.
No final de 2013, fez a sua estreia a solo com o álbum The Drive For Impulsive Actions, lançado pela editora lisboeta SHHPUMA (powered by Clean Feed).