Homem em Catarse, alter-ego do multi-instrumentista Afonso Dorido, surge na profícua e especial “cena de Barcelos”, há sensivelmente uma década. Atualmente radicado em Braga, o fundador do coletivo post-rock indignu percorre desde 2013 as estradas e caminhos deste país para dar a conhecer as suas canções emotivas.
Em 2015, com “Guarda-Rios”, um promissor EP de estreia, capta as primeiras atenções. Dois anos mais tarde e após inúmeras viagens por aldeias, vilas e cidades do interior de Portugal, reúne quilómetros e inspiração para a criação de “Viagem Interior”, disco conceptual que retrata uma interessante visão social e demográfica do país. Acompanhado de textos do escritor português José Luís Peixoto, o disco daria a conhecer 17 canções que descrevem 17 locais do interior e viria a figurar entre os melhores da música portuguesa do ano de 2017.
Em 2020, semanas antes da pandemia, surge “sem palavras | cem palavras”, disco integralmente instrumental que nasce a partir de um poema de cem palavras escrito por si. Sem perder o fôlego, e reflexo da sua cada vez maior capacidade criativa e maturidade musical, Afonso Dorido parte para um novo desafio: a composição de um disco inteiramente ao piano. Inesperadamente o álbum “sete fontes” é alvo de bastante atenção e acaba por ser considerado um dos discos do ano de 2021, figurando em listas como a da SBSR ou BLITZ, entre outros.
Pelo meio e com variados projetos ou participações, Homem em Catarse é convidado a escrever para outros músicos e trabalha com artistas como Rodrigo Leão, Francisco Silva (Old Jerusalem) ou Miguel Ramos (Mesa, Supernada, Jorge Palma).
Já em 2023 uma nova semente é lançada com o single ‘O tempo vem atrás de nós’. O tema teve airplay radiofónico em diversas rádios e acabou por figurar no Top A3:30 do ano, na Antena 3. Seguiram-se mais dois singles (Hipoteca e Gueto da Paz) que culminaram com a saída de catarse natural em outubro de 2024.
