Drumming Grupo de Percussão

 

Vocacionado para a música contemporânea e de portas abertas a todos os mundos sonoros, o Drumming Grupo de Percussão, fundado e dirigido por Miquel Bernat, percussionista e pedagogo de prestígio internacional, afirma-se como um dos mais importantes coletivos do género a nível internacional, desde o seu surgimento em 1999.
Foi grupo residente da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura e atua com regularidade nas mais conceituadas salas nacionais das quais se destacam a Fundação Gulbenkian, Teatro Nacional São João, Culturgest, Centro Cultural de Belém, Teatro Rivoli, Serralves, Casa da Música. No estrangeiro apresentou-se em Espanha, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Suíça, Rússia, Brasil, Chile, Argentina e África do Sul.
O Drumming GP desafia a inovação sonora propondo espetáculos de caráter diverso, sustentados pela sua coerência estética e unidade poética que unem a música à vertente cénica e outras formas de arte, com o foco de inquietar o público e criar novos tipos de concerto, sempre com uma narrativa muito sólida. O grupo viaja da percussão erudita ao jazz, passando pela electrónica e o rock e tentando igualmente desenvolver música de cena para teatro, ópera e bailado. A sua constante atividade criativa conta também com as vertentes didático-pedagógica e social.
O Drumming GP é pioneiro na criação de uma orquestra de timbilas (instrumento tradicional africano e antepassado da Marimba) que tanto interpreta as músicas de tradição oral (de origem Moçambicana), como músicas concebidas por compositores contemporâneos que escrevem especialmente para o grupo. Criou também o primeiro ensemble de steel drums (instrumento tradicional de Trindade e Tobago) da Península Ibérica baseado também nas duas vertentes: tradicional e experimental.
Na sua constante atividade e criação de música contemporânea, em parceria com compositores e artistas conceituados, o Drumming encomendou e estreou, desde 1999, dezenas de obras e tem, por isso, contribuído significativamente para o crescimento do repertório para grupo de percussão e outras formações com percussão. Devido a este facto, o grupo conta com uma obra única e personalizada e actuou já com muitos outros agrupamentos e solistas, dos quais se destacam Ivan Monigueti (violoncelo), Glen Velez (percussionista), Sérgio Carolino (Tuba), e Edicson Ruiz (contrabaixo Orquestra Simon Bolivar/Filarmónica de Berlim).
Na discografia do grupo constam: Unreal Sidewalk Cartoon (Bernado Sasseti + Drumming GP), Estrenes a la Pedrera da revista cultural NEXUS da Fundació Caixa Catalunya (2008) com música de Agustí Charles, Pocket Paradise (2009) dedicado à música de Jesus Rueda, Step by Step (2013), com música de António Pinho Vargas, Mares (2016), com composições de António Chagas Rosa (considerado o melhor disco do ano pelo O Público em 2016), Horizonte Ondulado (2017) de José Manuel López López, A Liturgia dos Pâssaros (2019) homenagem a Olivier Messiaen de Daniel Bernardes, Arquipélago de Luís Tinoco (1º prémio PLAY de música clássica 2020), Textures&Lines (2020) uma criação do Drumming com Joana Gama e Luís Fernandes, Peixinho-Patriarca-Percussão (2021) do Jorge Peixinho e E. Patriarca, etc. No próximo 27 de novembro serão lançado em Serralves Play-Off (2022) de Vasco Mendonça.
Para além da sua pró-atividade ao nível da criação de novos espetáculos, fomentação de compositores e criadores sonoros da atualidade, o grupo trabalha e explora, desde a sua criação, a qualidade, personalidade e inovação do seu som, colaborando também na invenção e configuração de instrumentos ou baquetas únicas contribuindo para o aprimoramento e evolução deste meio.

Discos