Mário Dinis Marques & Gonçalo Pescada
Mário Dinis Marques (Saxofone) e Gonçalo Pescada (acordeão) fazem de cada concerto um encontro idiomático de dois instrumentos que se fundem com uma elegância surpreendente, sugerindo ao ouvinte uma diferente forma de ouvir. A reunião de competências numa heterogeneidade musical (mais do que conglomerado de géneros musicais), caracterizam este duo, numa viagem interpretativa, que extrapola a música enquanto conjunto de ideias musicais fixadas em partitura numa tentativa de elevar o papel do músico ao de um elemento ativo e mesmo fundamental no processo musical. O processo descreve o momento que começa na composição, o gesto criativo, até ao momento da fruição auditiva. Assim, ao elevar a importância e papel da interpretação, este duo, assume, a par da intenção de propor um ato criativo na interpretação, uma visão intuitiva e comunicadora do gesto musical.
Este projeto surge como um verdadeiro tributo aos mestres Astor Piazzolla e Richard Galliano pelo contributo inolvidável que deram à História da Música Universal. A mescla de “Novo Tango” com a “Nova Musette”, onde a abordagem aos fundamentos rítmicos do fraseado em jazz e a improvisação aparecem como elementos inovadores, mas ao mesmo tempo, também de escrita musical fidedigna às ideias originais dos compositores.
“O primeiro contato com o músico e amigo Mário Marques surgiu no aniversário da Escola de Artes da Universidade de Évora, em maio de 2016, no âmbito do concerto a solo, por mim realizado, no Museu de Évora. A facilidade e naturalidade com que se construiu a primeira obra Tango por Claude e a sonoridade e fusão do acordeão com o saxofone soprano constituíram o mote para uma parceria de sucesso”, comenta Gonçalo Pescada.