Miguel Jaques

 

Miguel Jaques é um músico discreto que se define a si próprio como “jorgal alentejano”.

Ao longo de 2022 e 2023 pisou vários palcos para apresentar os seus álbuns Estrangeiro (2021) e É Tão Lindo! (2023), este gravado com o apoio da Fundação GDA).

A sua música tem nascido das interrogações que lhe vão na alma. Segundo o artista, em Estrangeiro tentou responder à pergunta “se tivesse existido uma Motown no Alentejo dos anos 70, qual teria sido o seu som?”. O resultado são pianos percussivos, linhas de baixo melódicas, e ritmos intricados a acompanhar letras que refletem vivências no interior do país.

É Tão Lindo! Nasce de de outra questão: “se a música blues, quando tocada com guitarras elétricas, gerou o rock’n’roll e a música tendé, do Norte de África, quando amplificada, gerou o chamado ‘desert blues’, que tipo de música teríamos se amplificássemos as modas acompanhadas à viola do Baixo Alentejo?”. Neste caso a tentativa de resposta assenta em modas contemporâneas acompanhadas à viola elétrica de cordas duplas. E isso, segundo o próprio artista, “com um imaginário introspetivo, mergulhado na cultura tradicional, mas sem simplismos ou demagogia de folclore de televisão”.

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