The Artist is Irrelevant

 

The Artist is Irrelevant nasceu da ideia de que qualquer canção – ou qualquer obra de arte, é um recipiente vazio até ao momento em que chega aos ouvidos e ao coração de alguém.

Só quando alguém ouve a música e projeta nela as suas próprias alegrias e frustrações, é que ela ganha substância e significado. A partir desse momento, deixa de pertencer ao autor e ganha vida própria, pois passa a fazer parte integrante das memórias do ouvinte a partir desse momento.

Nesse sentido, o artista ou qualquer explicação sobre a música é completamente irrelevante: ela pode significar o que quisermos que signifique, não há interpretação certa ou errada. Em última análise, tudo o que importa é a ligação emocional que o ouvinte vai criar (ou não) com as canções.

Essa é a razão pela qual o artista que fez o álbum homónimo apoiado pela Fundação GDA, se quis manter no anonimato, disponibilizando gratuitamente as suas músicas na plataforma bandcamp.com.

The Artist is Irrelevant é um projeto de Luís Costa, um músico nascido em 1976, em Lisboa, mas em cuja vida a música só viria a entrar 17 anos depois, quando a sua primeira guitarra. No ano seguinte já tinha formado a sua primeira banda.

Essencialmente autodidata, fez o percurso habitual das bandas de garagem durante a segunda metade da década de 90. No início dos anos 2000 decide dedicar-se exclusivamente à bateria e pouco tempo depois forma os Madcab. Paralelamente, voltou à guitarra e a trabalhar em composições, gravando várias demos e EPs em nome próprio ao longo dos anos seguintes. Em 2009 e depois do final dos Madcab, formou uma nova com Afonso Cabral, David Santos e Salvador Menezes, que ao longo dos anos conheceu na estrada: You Can’t Win, Charlie Brown, cujo primeiro EP homónimo lançado em 2010 recebeu excelente críticas e deu início a um percurso que os levaria aos mais prestigiados palcos nacionais e internacionais, com 3 álbuns lançados, vários destaques na imprensa, além da participação no festival South by Southwest em 2012, bem como várias colaborações com outros artistas.

Em 2017, decidiu abandonar o projeto para dedicar mais tempo à sua vida pessoal e regressar às suas composições a solo.

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