Segréis de Lisboa, Manuel Morais

Fundados em 1972 pelo alaudista e musicólogo Manuel Morais, os Segréis de Lisboa são a mais antiga formação independente de interpretação de música erudita em Portugal, com uma actividade ininterrupta, tendo como principal objectivo contribuir para o ressurgimento da música ibérica (portuguesa e espanhola) dos séculos XV ao XIX.
O agrupamento é constituído por uma formação variável de cantores e instrumentistas, cuja preocupação essencial se traduz em fazer reviver este tipo de repertório com a autenticidade possível, fundamentando-se nos conhecimentos musicológicos, históricos e estilísticos disponíveis e recorrendo ao uso de instrumentos originais ou a réplicas modernas. O grupo realizou concertos por toda a Europa, Estados Unidos, Brasil, Extremo Oriente, Índia e Bolívia, sempre com o maior sucesso junto do público e da crítica, sendo de destacar as referências elogiosas do New York Times (11 de Junho de 1990). Gravou uma vasta discografia de mais de uma dezena de títulos, publicados nos catálogos das etiquetas EMI/Valentim de Carvalho, Movieplay Classics, Philips e Portugaler, tendo sido distinguido com um prestigiante CHOC pela revista Le Monde de la Musique (nº 201, Julho-Agosto de 1996). Em 1991 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura. Os Segréis de Lisboa são o agrupamento português mais antigo que se dedicada, profissionalmente, à recuperação e divulgação da Música Antiga Ibérica. Ao longo das últimas cinco décadas tornaram-se a principal referência no universo da Música Antiga em Portugal, tendo contribuído decisivamente para a expressão desse mesmo movimento estético no seio do público melómano e no surgimento de novos intérpretes especializados ao longo de sucessivas gerações. Em 2022 cumpriram-se os 50 anos dos Segréis de Lisboa, ficando esta data marcada pela gravação do seu último disco “A Arte do Alaúde na Península Ibérica (séc. XV-XXI), lançado em 2023.